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*O MELHOR DO CRIME NACIONAL*



*O MELHOR DO CRIME NACIONAL*

ORGANIZADO POR

TITO PRATES

E

VITTO  Graziano



-------E-------



LUVA EDITORA




                       
VIDEO DOS AUTORES DE *O MELHOR DO CRIME NACIONAL*






                                   CRISTIANE KRUMENAUER






                        AUTORA DO CONTO *A DELATORA*








                           AUTORA JÚLIA DO PASSO RAMALHO

TRECHO DO CONTO *PARA SUA SEGURANÇA, MANTENHA-SE ATRÁS DA FAIXA AMARELA*


Essa ilustração é para o conto "Para sua Segurança, Mantenha-se atrás da Faixa Amarela", da Júlia do Passo Ramalho!

"Eu descobri a morte aos dez anos. Foi um porquinho da índia chamado Tito. Eu havia ganhado ele de aniversário, mas não foi o presente pedido por mim. Eu queria um kit de jovem cientista, com tubos de ensaio, microscópio e até uma pequena variedade de produtos químicos. Ao invés disso, ganhei aquela coisinha irritante e fedida. O pior eram meus pais brigando comigo e me obrigando a limpar e cuidar do bicho asqueroso. Eu não gostava de animais. Eu não gostava das outras crianças, eu nem mesmo gostava dos meus pais. Eu os aturava com um falso carinho e respeito, pois eles me eram necessários e mesmo muito nova tinha consciência disso.

Voltando ao Tito, eu não só desgostava daquele animal. Eu o odiava. Ele me lembrava do presente tão desejado e não ganho, ainda por cima era o motivo de broncas e obrigações aborrecidas. Por isso o matei. Eu reportei aos meus pais do sumiço de Tito, disse isso com lágrimas e soluços milimétricamente ensaiados. Fui até consolada na ocasião de sua falsa fuga. Enquanto minha mãe me abraçava, eu sonhava em contar a verdade: Eu havia afogado o desgraçado na privada."



                                  AUTOR RAFILSKY FERREIRA

              TRECHO DO  CONTO *ASSASSINATO NO BAIRRO JAPONÊS*




 E como prometido, segue imagem feita pela Carolina Mancini para o conto Assassinato no Bairro Japonês, do Rafilsky Ferreira!

" — Então estamos lidando com fanáticos nacionalistas? Vejo que não foi uma má ideia te trazer para o caso. Devemos abafar os casos para a imprensa?
— Muito pelo contrário, force um “vazamento” na imprensa de modo a assustar a comunidade nipônica. Quem sabe temendo pelas suas vidas, eles acabem abrindo o bico pra gente e facilitando nossa investigação. Me avise se algum outro crime acontecer, eu irei continuar investigando as comunidades nipônicas.
Passaram-se algumas semanas e a cada dia, mais casos inusitados apareciam não só no bairro da Liberdade, em São Paulo, mas em cidades do interior como Tupã e Taubaté. Tentamos seguir diversas linhas de raciocínio para entender até onde ia a influência dos assassinos. Tentamos fazer alguma ligação dos atentados com a Yakuza, mas sem sucesso."


                            AUTOR WASHINGTON SOARES

                      TRECHO DO CONTO * FIM DE ROMANCE*




TRECHO REVELADO!

Fim de Romance - Washington Soares

"Ele riu da ameaça e olhou para o relógio. Era hora.
Ela se sentiu tonta. As pernas fraquejaram e as mãos tateavam o ar em busca de apoio. Arregalou os olhos e se escorou na porta. Tentou alcançar a maçaneta e quase caiu. Apoiou-se com uma mão em cada parede. Os sentidos se embaralharam. Tentou falar, mas não conseguiu. Buscou apoio no olhar do amante. Ali não havia sinal de socorro.
Ele caminhou lentamente, parou diante da mulher e abriu um sorriso de triunfo. Num espasmo raivoso, ela cravou as unhas no rosto dele antes de morrer.

Os peritos pareciam insetos ao redor dos cadáveres do casal, que continuavam em cima da cama. Estavam vestidos e em decúbito dorsal. O homem, de olhos abertos e apavorados, fitava o teto. A mulher estava de olhos fechados, mas o semblante sugeria pesadelos."

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                         AUTOR JEAN PIERRE CHAUVIN

TRECHO DO CONTO* O ASSASSINATO DE CLÁUDIO MANOEL DA COSTA*




E segue mais uma ilustração linda da Carolina Mancini, agora para o conto O Assassinato de Cláudio Manuel da Costa, do Jean Pierre Chauvin!

"Cláudio subiu a ladeira do Sabão às 9 horas e 12 minutos. Era um dia ensolarado e sem nuvens na capital das Minas Gerais. O poeta trocou dois dedos de prosa com o quitandeiro Luís, mas parecia ter pressa. Ao avistar a praça da Câmara, descansou um instante e sacou da algibeira um cantil com água ainda fresca, apesar do calor. Quando retomava a caminhada em direção à Travessia do Ouro, foi interrogado por dois soldados da guarda real.
- Quem vem lá?
- Cláudio Manuel da Costa, Desembargador de...
- Sabemos quem és.
- Pois então...
- Queira nos acompanhar.
Conhecedor das leis que vigoravam no reino, o poeta não continuou o debate. Temeroso, seguiu escoltado pelos soldados até a cadeia, que ficava ao lado da Câmara.Há poucas informações sobre o diálogo que travou com o Intendente Almeida, que o aguardava em seu gabinete, na ala principal do edifício.
  A notícia provocou reações as mais diversas. Homens ligados ao governo do Visconde de Barbacena celebraram a punição do inconfidente. “Onde já se viu reunir-se com alferes e populares, ainda mais em complô contra as determinações do reino?”.

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                               AUTOR HUMBERTO FARIA LIMA

       TRECHO DO CONTO * ÓPERA - UMA PÉTALA DE ORQUÍDEA*





A última ilustração divulgada é do conto Ópera - Uma Pétala de Orquídea, do Humberto Faria Lima!

"O detetive Matheo estava chegando em sua casa na Mooca quando um soldado veio correndo em sua direção.
-  Senhor Civolatti, o coronel Alvares exige sua presença em um palacete na Paulista. Ocorreu um crime lá!
  - Não podem escalar outro? Hoje era minha folga!
O jovem soldado balançou a cabeça de maneira veemente.
-  Desculpe Senhor, mas o coronel exigiu que leve a detetive Magdalena.
O homem da lei passou as mãos no cabelo castanho úmido, ajeitando-o.
 Apesar do frio de agosto, o detetive estava suado pelo fato de ter corrido e sacou um maço de cigarros Pall Mall que acendeu prontamente. Ele tragou e soltou a fumaça com impaciência. Não aceitava de boa vontade que uma mulher fizesse o seu trabalho, mas seguiu o soldado até a delegacia central.
- Para onde nós vamos, sargento Silva?
 O sargento lhe apontou o Sedan do coronel.
- Nós não! “Você” vai buscar a donzela e de lá para mansão dos Gratezzini. -  ordenou ele enfatizando bem a palavra donzela.
 Obviamente nenhum dos policiais gostava de saber que uma mulher podia fazer um trabalho melhor que o de qualquer homem. Isso feria seu orgulho."


                       AUTORA PAULA BAJER FERNANDES

                  TRECHO CONTO * O CASO DE YOLANDA S*







E para comemorar temos uma surpresa para vocês, um trecho do conto da Paula Bajer Fernandes, "O caso de Yolanda S"!

"Viu uma sombra saindo do quarto. Acendeu a luz do abajur. Levantou-se de lado, calçou os chinelos brancos estofados e pegou o penhoar rosa que estava sobre a poltrona azul. Vestiu e foi para a cozinha. O homem gordo esperava encostado na pia cheia de louças sujas. Vestia uma camiseta amarela curta, ela conseguiu ver a barriga sobre o zíper da calça jeans. Alguém segurou seus braços por trás e amarrou as mãos. Olhou para o gordo pedindo ajuda. Mas foi um instante, um nada de instante. Colaram uma fita em sua boca e vendaram seus olhos. Não gritaram palavras de ordem, não a xingaram, só a deitaram no chão com cuidado.

Ficou deitada por alguns minutos sobre o piso gelado, sem se mexer. Ouviu que eles andaram para um lado e outro e deixaram a casa. Respirou fundo umas dez vezes e ouviu a explosão. Foi isso."

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                           AUTOR WELLINGTON BUDIM

            TRECHO DO CONTO* COLECIONADOR DE VIDAS



"Sem entender o que estava acontecendo o ruivo o segurou pelo braço e tentou acalmá-lo.
— Calma! Vai ficar tudo bem... Vamos sair daqui e vamos chamar um adulto.
— MINHA MÃE!
— Tudo bem, chamamos ela. Você não precisa ficar assustado.
O pranto tomou conta do menino que com dificuldade conseguiu proferir suas últimas palavras entre um soluço e outro.
— Minha mãe! — Apontou para o corpo da mulher morta. — Ela é... a minha mãe!"

***

Estamos aqui para avisá-los que alcançamos 91% de nossa meta no Catarse, oferecendo mais uma ilustração e esse trecho perspicaz do conto Colecionador de Vidas, do autor convidado Wellington Budim.

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