No teu perfil dizes que és contra a homofobia, racismo e machismo, explica cada uma delas.
Os três resumem uma frase que norteia a minhas ações que é “não faça com os outros o que não queres que façam contigo”. Não consigo aceitar que as pessoas rejeitem o amor de duas pessoas só por serem dois homens ou duas mulheres. Não compreendo esse tipo de pensamento mesquinho incapaz de aceitar o amor. Pessoas que vivem na igreja e falam de um Cristo amoroso, mas são incapazes de amar o próximo. Deixa-me muito revoltado. Sou bi e isso não muda em nada a minha essência, não me torna pior e nem melhor do que ninguém.
O racismo é uma ferida do brasileiro. Nos dizemos muito abertos, muito acolhedores, mas a maior parte de nossa população é negra, pobre, sem oportunidades e a que mais morre. É uma hipocrisia sem tamanho. Somado a isso, minha bisavó era descendente de escravos, tanto que minha avó vive em uma comunidade de quilombo, Jacareí dos Pretos, no interior do Maranhão. E eu cresci convivendo com essas tradições e também observando o quanto eles mesmos se deixam levar pelo racismo, pois muitas mulheres não aceitam seus cabelos, não aceitam a beleza de sua raça e das tradições, não aceitam os traços físicos que têm, e enaltecem cabelos lisos e peles alvas... Acho muito triste que as crianças sejam criadas desse jeito, sem amar as próprias raízes. É algo que deve mudar.
E minha luta contra o machismo vem da minha família, pois comecei a perceber, ainda na adolescência, o quanto meus tios e até minhas tias e mesmo a minha mãe foram criados com ideais estranhos. Por muitas vezes eu vi algum tio chegar em casa, sentar-se à mesa e a mulher largar tudo que fazia para o servir, como uma escrava, e depois lavar toada a louça sozinha enquanto ele ia sentar-se em frente à televisão. Uma coisa é fazer isso de forma combinada entre os dois, outra é que isso venha de uma imposição da sociedade. E somado a esse pequeno exemplo tem vários outros que moldaram o que eu sou. Sou pró-feminismo, sim. Não tenho medo de dizer. Acho que as mulheres devem se impor e tomar a frente nas lutas e que nós, homens, devemos apoiá-las, pois o machismo machuca as mulheres, sim, mas também impõe aos homens conceitos errados como o não chorar, o manter-se forte e o não demonstrar sentimentos. É prejudicial para todos.
17- O que significa para ti a terra onde vives?
É a minha segurança. Apesar dos problemas que citei acima, eu amo o meu país (tanto é que todas as minhas histórias são baseadas aqui). Acho que há muito para eu conhecer do próprio Brasil, grandes descobertas para eu fazer.
18- O que te move na vida?
A vontade de mudar o mundo (mesmo que o “mundo” seja apenas a minha casa, os meus primos menores). Eu me incomodo bastante com as coisas que vejo... Não consigo aceitar. Quero muito ter base para falar cada vez mais e mais sobre isso.
Continua.....
Os três resumem uma frase que norteia a minhas ações que é “não faça com os outros o que não queres que façam contigo”. Não consigo aceitar que as pessoas rejeitem o amor de duas pessoas só por serem dois homens ou duas mulheres. Não compreendo esse tipo de pensamento mesquinho incapaz de aceitar o amor. Pessoas que vivem na igreja e falam de um Cristo amoroso, mas são incapazes de amar o próximo. Deixa-me muito revoltado. Sou bi e isso não muda em nada a minha essência, não me torna pior e nem melhor do que ninguém.
O racismo é uma ferida do brasileiro. Nos dizemos muito abertos, muito acolhedores, mas a maior parte de nossa população é negra, pobre, sem oportunidades e a que mais morre. É uma hipocrisia sem tamanho. Somado a isso, minha bisavó era descendente de escravos, tanto que minha avó vive em uma comunidade de quilombo, Jacareí dos Pretos, no interior do Maranhão. E eu cresci convivendo com essas tradições e também observando o quanto eles mesmos se deixam levar pelo racismo, pois muitas mulheres não aceitam seus cabelos, não aceitam a beleza de sua raça e das tradições, não aceitam os traços físicos que têm, e enaltecem cabelos lisos e peles alvas... Acho muito triste que as crianças sejam criadas desse jeito, sem amar as próprias raízes. É algo que deve mudar.
E minha luta contra o machismo vem da minha família, pois comecei a perceber, ainda na adolescência, o quanto meus tios e até minhas tias e mesmo a minha mãe foram criados com ideais estranhos. Por muitas vezes eu vi algum tio chegar em casa, sentar-se à mesa e a mulher largar tudo que fazia para o servir, como uma escrava, e depois lavar toada a louça sozinha enquanto ele ia sentar-se em frente à televisão. Uma coisa é fazer isso de forma combinada entre os dois, outra é que isso venha de uma imposição da sociedade. E somado a esse pequeno exemplo tem vários outros que moldaram o que eu sou. Sou pró-feminismo, sim. Não tenho medo de dizer. Acho que as mulheres devem se impor e tomar a frente nas lutas e que nós, homens, devemos apoiá-las, pois o machismo machuca as mulheres, sim, mas também impõe aos homens conceitos errados como o não chorar, o manter-se forte e o não demonstrar sentimentos. É prejudicial para todos.
17- O que significa para ti a terra onde vives?
É a minha segurança. Apesar dos problemas que citei acima, eu amo o meu país (tanto é que todas as minhas histórias são baseadas aqui). Acho que há muito para eu conhecer do próprio Brasil, grandes descobertas para eu fazer.
18- O que te move na vida?
A vontade de mudar o mundo (mesmo que o “mundo” seja apenas a minha casa, os meus primos menores). Eu me incomodo bastante com as coisas que vejo... Não consigo aceitar. Quero muito ter base para falar cada vez mais e mais sobre isso.
Continua.....
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